Foi
quando eu percebi que já não sorria com sua lembrança. As memórias felizes que
me causavam saudades cederam espaço às recordações intragáveis de sua
hipocrisia. Sim, eu chorei. Lavei minha alma, eu diria. Meu teto desabou e eu
perdi o chão. me vi sem saída.
Depois de um tempo, dei por mim que, além de você, amo um outro alguém de forma grandiosa: eu me amo! Dizem por aí que quem ama luta, cai, se humilha e não desiste. Eu lutei, caí, me humilhei e entreguei o jogo. O seu, porque me lembrei que me amo incondicionalmente e aprendi a pôr esse amor em primeiro lugar. Vaidade? Chame do que quiser. Também já não me importa o que você pensa e essa foi uma das coisas que aprendi: cada mente carrega um mundo e do meu, você já não faz mais parte.
Sei que muitos dirão aquela frase clichê de que “quem ama não desiste”, mas foi o que eu fiz. Esqueci-me de você para não desistir de mim. Foi o maior presente que eu pude me dar e o melhor que poderia receber.
As suas lembranças ainda se manifestam nos meus dias e são momentos adoráveis em que me lembro de que chego a esquecer da sua existência de vez em quando. Nas diversas vezes em que as recordações suas se materializaram na minha vida, fiz questão de tirar de cena uma por uma. Aliás, foi por isso que me lembrei de você hoje. A última lembrança sua que me restara acaba de virar mordedor pra meu cachorro. Olho pra ele e o vejo alegre, se divertindo com seu novo brinquedo. Sorrio.
Como diria Clarice Falcão, “você ir fez tão bem por aqui”…
Obrigada!
0 comentários